Erros comuns de iniciantes ao configurar o Google Analytics

Começar a usar o Google Analytics é um passo importante para entender o desempenho do seu site e tomar decisões mais estratégicas. No entanto, muitos iniciantes cometem erros que comprometem a precisão dos dados e, consequentemente, as análises futuras.

Para evitar retrabalhos ou interpretações equivocadas, é essencial conhecer os principais deslizes cometidos por quem está começando com a ferramenta. Neste conteúdo, vamos abordar os erros mais comuns ao configurar o Google Analytics e como corrigi-los.

1. Não configurar corretamente o Google Analytics 4 (GA4)

Com a substituição do Universal Analytics pelo GA4, muitas pessoas ainda tentam seguir passos antigos ou misturam conceitos entre as versões. O GA4 tem uma estrutura diferente, baseada em eventos, e exige uma abordagem nova para configuração e análise.

Um erro comum é criar a propriedade no GA4 mas não configurar os eventos personalizados ou não ativar a coleta de dados em tempo real. Isso limita o potencial da ferramenta e deixa as análises incompletas.

2. Esquecer de configurar filtros de IP interno

Ao deixar de filtrar acessos internos — como os da própria equipe ou agência —, você acaba inflando os dados de visitas, tempo de permanência e outras métricas. Isso prejudica a qualidade das análises e pode gerar decisões erradas.

Configurar filtros para excluir IPs internos é simples, mas frequentemente esquecido. Vale a pena identificar os IPs fixos do seu time e garantir que eles não interfiram nos relatórios.

3. Não ativar o Google Signals

O Google Signals permite coletar dados mais avançados sobre o comportamento dos usuários, como navegação em múltiplos dispositivos, dados demográficos e interesses. Ele é essencial para obter insights mais completos e ativar recursos como públicos para remarketing.

Muitos iniciantes ignoram essa opção durante a configuração inicial, perdendo uma oportunidade valiosa de enriquecer os relatórios com dados relevantes para estratégias de marketing digital.

4. Instalar o código de rastreamento de forma incorreta

Colocar o código de rastreamento em local errado — como no final da página ou duplicado — é um erro comum que compromete a coleta de dados. O correto é inserir o código no head do site, garantindo que ele seja carregado antes de qualquer outra ação do usuário.

Outra falha recorrente é esquecer de configurar corretamente o Google Tag Manager (GTM), caso esteja usando a ferramenta para gerenciar os scripts. Isso pode gerar conflitos ou perda de informações.

5. Não configurar metas ou eventos relevantes

Deixar de configurar eventos e metas no GA4 significa abrir mão de acompanhar ações importantes dentro do seu site, como cliques em botões, envio de formulários, downloads ou visualizações de páginas estratégicas.

Quem está começando costuma acreditar que só o tráfego importa, mas entender o comportamento dentro do site é fundamental para avaliar a performance e otimizar a jornada do usuário.

6. Ignorar a configuração de conversões

O GA4 permite definir quais eventos são considerados conversões, o que é essencial para mensurar resultados concretos das suas campanhas. Não marcar corretamente os eventos que representam conversões — como “form_submit” ou “purchase” — impede que você saiba se suas ações de marketing estão funcionando.

Esse é um erro grave, especialmente quando você precisa justificar investimentos em tráfego pago ou mensurar o retorno sobre campanhas específicas.

7. Não integrar com outras ferramentas

O Google Analytics pode (e deve) ser integrado com outras ferramentas, como o Google Ads, Search Console e plataformas de automação como o RD Station. Deixar essas integrações de lado limita a sua visão estratégica e isola os dados em silos.

A integração oferece uma visão unificada do funil de marketing e vendas, além de permitir análises mais profundas sobre a origem e o comportamento dos leads.

Conclusão

O Google Analytics é uma ferramenta poderosa, mas seus resultados só são confiáveis se estiver bem configurada. Ao evitar os erros mais comuns — como não filtrar IPs, deixar de configurar eventos ou esquecer das integrações —, você garante dados mais precisos e uma base sólida para decisões digitais mais estratégicas.

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